Descrição

Sinopse

A peça pretende apresentar ao público entretenimento, mas também estimular às reflexões necessárias sobre a perda de memória e o Alzheimer e a tentativa de recuperação das lembranças. Temas que fazem parte do nosso cotidiano e atingem a maioria das famílias. Quem não conhece alguém que já passou ou passa por isso?

 

Serviço

Local: Casa de Cultura Laura Alvim – Av. Vieira Souto, nº 176 – Ipanema – Rio de Janeiro – RJ

Temporada: de 14 de novembro a 12 de dezembro

Dias e Horários: Terças-feiras e quartas-feiras às 20h

Ingressos: R$ 40 (Inteira) e R$ 20 (Meia-entrada)

Duração: 60 minutos

Classificação: 12 anos (menores de 18 anos acompanhados de um responsável)

Gênero: Drama

Capacidade: 190 lugares

 

Ficha Técnica

Atuação: Renato Peres

Voz Off / participação (médico): Pedro Milman

Voz Off / participação (Lúcia): Amanda Laversveiler

Dramaturgia: Matheus Rodrigues e Mariana Pantaleão

Direção Geral: Mariana Pantaleão

Produção Executiva: Matheus Rodrigues

Orientação Dramatúrgica: Karen Acioly

Cenografia: Lina Da Hora

Direção de Movimento: Amanda Laversveiler

Iluminação: Anna Padilha

Direção Musical: Raphael Muniz

Edição de Vídeoarte: Dora Abreu

Designer Sonoro: Caio Giesta

Fotografia: Victor Gustavo Almeida

Designer: Maruja Estúdio

Mídias Sociais: Mariana Pantaleão

Assessoria de Imprensa: Christine Keller Comunicação & Produção

Realização: M2 Produções

Instagram: @m2_coletivo_producoes

 

Outras Informações

“Antes que eu me esqueça”, que tem o ator Renato Peres como protagonista, com a dramaturgia de Mariana Pantaleão (direção também) e de Matheus Rodrigues, esteve em cartaz no Teatro Ruth de Souza, no Centro Cultural Municipal Glória Maria (antigo Parque das Ruínas), durante o mês de setembro com casa lotada e sucesso de público e crítica. E agora, quer levar você para essa nova temporada na Casa de Cultura Laura Alvim.

O que você faria, se, de repente, sofresse um acidente e perdesse a memória? Esse é o principal tormento que aflige o músico Walter, que, após um acidente de carro, é diagnosticado com ALZHEIMER. Na experiência de um iminente desaparecimento de suas lembranças, ele tenta registrar e recuperar suas memórias através de áudios, fotos e vídeos.

A peça é um monólogo com reflexões sobre o cérebro antes do acidente, sem que o músico houvesse dado o devido valor, mas que agora, com sua nova condição, vêm à tona! E isso acontece a tempo!…Seria possível a (re) construção das memórias? Quais os mistérios dessa “simples” massa muscular rosa de apenas um quilo e meio? Somente ela nos tornaria humanos? E se não mais humanos… O que SOMOS, o que FOMOS e quem poderíamos SER?

São muitos os questionamentos de Walter na busca de uma identidade, a sua, depois que sua vida se transformou com a perda da memória. De acordo com Luiz Buñuell (1900 – 1983), cineasta espanhol, naturalizado mexicano:

“É preciso perder a memória mesmo das pequenas coisas, para que percebamos que a memória faz a nossa vida. Vida sem memória não é vida (…). Nossa memória é nossa coerência, nossa razão, nosso sentimento, até mesmo nossa ação. Sem ela somos nada (…) e só posso esperar pela amnésia final”. – Citação de Bruñuel pelo neurologista e escritor inglês Oliver Sacks (1933 -2015) no livro ‘O homem que confundiu sua mulher com chapéu’ – Editora Companhia das Letras, 1ª edição (14 agosto 1997)

Podemos dizer que viver sem memória é apenas vegetar? É não desfrutar de tudo de melhor do que a vida pode oferecer, ou até mesmo, que ela, na acepção da palavra, não existe em sua completude? O tema é mais do que atual e, certamente, habita as mentes e vidas de muitas pessoas, atormentando- as em reflexões intermináveis a procura de respostas e soluções. Na peça “Antes que eu me esqueça”, além de possíveis respostas, a garantia de um entretenimento que prende e diverte ao mesmo tempo por tocar no âmago do público, assim como o ator Renato Peres foi tocado:

“Vivemos um momento muito complexo. Guerras. Maldades. Doenças… O espetáculo ‘Antes que eu me esqueça’ faz uma reflexão sobre o tempo, a memória, a vida. Que o público possa ser arrebatado por essa intrigante história, assim como eu fui.” – fala Renato Peres.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que existam 35,6 milhões de pessoas 2 com Doença de Alzheimer (DA) no mundo, sendo que o número tende a dobrar até o ano de 2030 e triplicar até 2050. No Brasil, há possibilidade é de que tenhamos cerca de 1,2 milhões de pessoas com esta enfermidade. Ressalta-se que a maior parte dos indivíduos com Alzheimer ainda não recebeu o diagnóstico médico e/ou tratamento necessário.

Qual o papel do Teatro e da Cultura dentro das experiências de adoecimento causadas pelo Alzheimer? De quais formas é possível representar, sensibilizar e nos questionarmos em relação às vivências das pessoas portadoras dessa doença? É mais do que como o cérebro processa a arte, e sim, como a arte pode processar o cérebro. Na busca por refletir essas perguntas, as relevâncias, conceitual e temática, se apresentam não só apenas no âmbito da conscientização, mas das aproximações entre as artes e as ciências. Matheus Rodrigues, que divide a dramaturgia com Mariana Pantaleão e faz a produção executiva de “Antes que eu me esqueça”, conta o motivo da escolha:

“Eu penso que o grande diferencial desse espetáculo não são os efeitos visuais, nem a música ou a dramaturgia em si; penso que a grande potência está na experiência da alteridade. Mais do que informar sobre um respectivo tema, o que importa é o exercício de empatia que propomos ao público, não para se colocar e solidarizar com o nosso personagem, mas sim com as pessoas da vida real, que muitas vezes podem ser nossos avós, tios, amigos” – explica Matheus.

Contemplado pelo Programa de Fomento à Cultura Carioca da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro (FOCA), o monólogo “Antes que eu me esqueça” é cria da periferia do Rio de Janeiro. O espetáculo teve sua estreia no ano de 2023 ao ganhar o edital. Com a circulação em diversos espaços de cultura da Zona Norte como: Teatro Armando Gonzaga, em Marechal Hermes, Museu da Maré, No Complexo da Maré, Arena Carioca Dicró, na Penha, Arena Carioca Fernando Torres, em Madureira, Arena Carioca Jovelina Pérola Negra, na Pavuna, Lona Cultural Carlos Zéfiro, em Anchieta, Teatro Gonzaguinha, no Centro e no Teatro Ruth de Souza, em Santa Teresa, para alcançar outros aparelhos pela cidade. E agora volta com todo o gás para a Casa de Cultura Laura Alvim.