Descrição

Sinopse

O argumento de O cachorro que se recusou a morrer, novo espetáculo do ator e autor Samir Murad, que divide a direção com Delson Antunes, deriva de suas memórias e das histórias contadas por seu pai, um imigrante libanês em sua luta pela sobrevivência numa terra estranha. Conflito, êxodo, o novo mundo, casamento por encomenda, saúde mental afetada, são conteúdos que, como um mascate andarilho, o ator mambembe carrega em sua mala e pretende vender ao seu público. Dessas referências nasce um contato intimista e revelador entre artista, teatro e espectador.

 

Serviço

Local: Centro Cultural Justiça Federal – Av. Rio Branco, 241, Centro, Rio de Janeiro. (Próximo a Estação Cinelândia do Metrô Rio)

Informações: 21 3261-2550

Temporada: 19 de novembro a 17 de dezembro

Dias e Horários: Domingos às 16h.

Ingresso: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada)

Capacidade de público: 141 pessoas

Classificação: Não recomendado para menores de 10 anos.

Duração: 75 minutos

Drama bem humorado

 

Ficha Técnica

Criação, texto e atuação: Samir Murad

Direção: Delson Antunes e Samir Murad

Cenografia: José Dias

Figurino e adereços: Karlla de Luca

Desenho de Luz: Thales Coutinho

Trilha Sonora: André Poyart e Samir Murad

Videocenário: Mayara Ferreira

Assistente de direção: Gedivan de Albuquerque

Assessoria de Imprensa: Ney Motta

Programação Visual: Fernando Alax

Fotos: Fernando Valle

Mídias Sociais: Cia Teatral Cambaleei, mas não caí…

Cenotécnico: Mario Pereira

Costureira: Maria Helena

Direção de produção: Fernando Alax

Produção executiva: Wagner Uchoa

Operação audiovisual: Edimar Rocha

Operação de luz: Thales Coutinho

Realização: Cia Teatral Cambaleei, mas não caí…

 

Atendimento à imprensa

Ney Motta, assessor imprensa

arte contemporânea comunicação ltda.

assessoria de imprensa para artes e espetáculos

cel./whatsapp: 21 98718-1965

[email protected]

 

 

 

Outras Informações

Um casamento por encomenda e uma tríade formada pelo pai, a mãe e a irmã mais velha, afetada mentalmente (inclusive por internações) pelo casamento sem amor dos pais. Marcas que não desvanecem e perpassam por toda a relação familiar do autor-ator, extraídas não apenas de suas memórias, mas de relatos gravados por seu próprio pai antes de falecer. Conflitos que estão em cada um de nós e ajudarão a resgatar sentimentos no público, por meio de recursos cênicos despojados, apoiados principalmente pelo trabalho de corpo e voz do ator.

O texto oscila entre o drama e o humor, trazendo à cena uma cultura machista, forjada em dogmas religiosos que até hoje permeiam a maioria dos lares brasileiros. Em alguns momentos, projeções mesclam imagens criadas com fotos reais antigas, assim como da casa onde tudo se passou, o que acentua o clima dos escombros da memória. A forte presença da trilha sonora, marca a cultura árabe familiar. Não faltam ao espetáculo os gestos, a mímica e as pantomimas que emprestam emoção à palavra.

Por trás de uma cena de família (da família do ator-autor), muitos aspectos da cultura árabe – alguns deles em gritantes conflitos com os costumes brasileiros – precisam ser revisitados. Começando pela submissão da mulher, a intolerância religiosa, o poder tribal do patriarca.

– Quero lhes apresentar essa história porque acredito que ela cumpre a função essencial do Teatro: emocionar e provocar uma reflexão sobre a condição humana. Depois da trilogia Teatro, Mito e Genealogia – a partir de uma pesquisa de linguagem cênica, baseada em conceitos e práticas teatrais de Antonin Artaud –, representada pelos meus trabalhos anteriores: Para Acabar de Vez com o Julgamento de Artaud (2001); Édipo e seus Duplos (2018); e Cícero – A Anarquia de um Corpo Santo (2019), proponho com O cachorro que se recusou a morrer uma nova forma de narrativa, mais simples, mais contida e essencial. Meu foco, aqui, é a alma do texto. O diálogo com o público –, declara Samir Murad.

 

“… e ao longe se escutava o cachorro que se recusou a morrer.”

Trecho de poema do livro o Retorno de Netuno, de Samir Murad.

 

Desde janeiro de 2023 o espetáculo cumpriu várias temporadas

 

O cachorro que se recusou a morrer foi contemplado com o patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através do Edital Retomada Cultural RJ2. A temporada de estreia (nacional) aconteceu de 6 a 27 de janeiro, no Teatro Brigitte Blair, em Copacabana. De 3 a 5 de fevereiro foi apresentado no Teatro da Associação Sholem Aleichem – quando ocorreram debates com especialistas em linguagens teatrais, imigração, psicologia e saúde mental –, e de 10 a 12 de fevereiro, no Teatro Municipal Marilú Moreira, em Itaguaí-RJ. Devido ao sucesso da temporada de estreia, de 4 de março a 2 de abril, cumpriu nova temporada no Teatro Brigitte Blair. De 15 a 30 de abril cumpriu temporada no Teatro Municipal Café Pequeno, no Leblon.

 

ADENDOS – minibios do autor, ator e diretor

 

Samir Murad é ator de teatro, cinema e televisão, autor, diretor, dublador e professor, formado pela UNIRIO, com pós-graduação na UFRJ e mestrado pela UNIRIO. No cinema, participou de diversos longas e curtas nacionais premiados. Na televisão, fez inúmeras participações na TV Globo, TV Record, Netflix e Canal Brasil. Trabalhou como dublador na Herbert Richers. Foi professor da Faculdade CAL de Artes Cênicas. Fundou a companhia teatral “Cambaleei, mas não caí…”, que tem, em Antonin Artaud sua principal referência de pesquisa de linguagem cênica e que inaugura com o texto infanto-juvenil de sua autoria Além da lenda do Minotauro, que também dirigiu e que foi publicado. No teatro atuou sob a direção de Augusto Boal, Bibi Ferreira, Sérgio Britto, Miguel Falabella, Sidnei Cruz e Gustavo Paso entre outros. Em 2001, encenou seu primeiro trabalho solo Para acabar de vez com o julgamento de Artaud. Segundo a crítica Bárbara Heliodora, de O Globo, foi um dos dez melhores espetáculos do ano. Em 2008, escreveu e encenou seu segundo solo, Édipo e seus duplos, também publicado. Em 2017, encenou, também de sua autoria, O cão que sonhava lobos, um solo musical infantil, publicado com ilustrações. Em 2019, protagonizou a encenação de Educação Siberiana e estreou seu terceiro solo, Cícero – A anarquia de um Corpo Santo, que encerra a trilogia “Teatro, Mito e Genealogia” e que também virou livro. Em 2020, integra o elenco da novela Gênesis da TV Record e apresenta seu primeiro livro de poemas e crônicas. Recentemente integrou o elenco do premiado espetáculo O Alienista (2022), sob direção de Gustavo Paso. Atualmente integra o elenco fixo da nova novela Terra e Paixão, da TV Globo, interpretando o personagem Dr. Silvério.

 

Delson Antunes é diretor, ator, professor, dramaturgo e pesquisador de teatro. Licenciado em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília (UnB), concluiu Mestrado em Teatro pela UniRio, especializando-se em História do Teatro Musical Brasileiro, em 1996. Como ator, diretor e dramaturgo participou de mais de 80 espetáculos teatrais, apresentados em diversas cidades brasileiras.